Depois de uma longa jornada por São Paulo, Recife, San Juan, Kingston e Salvador, terminamos a primeira temporada de The Beat Diaspora onde tudo começou, na… África! Em função da potência cultural e econômica que é a Nigéria, assim como toda a sua ligação ancestral com o Brasil, o gênero escolhido para fechar a série é o afrobeats — que, como é rapidamente explicado no documentário, é bastante distinto do afrobeat. Ao contrário do som criado e eternizado por Fela Kuti nos anos 70, o afrobeats é muito mais um movimento ou guarda chuva que caracteriza a música pop e eletrônica produzida na África Ocidental que propriamente um gênero musical.
Diferente dos outros episódios, quem nos conduz pela cena musical de Lagos não é uma artista emergente, mas, sim, uma artista de extremo sucesso: Teni “The Entertainer”. Através de conversas com músicos, produtores, jornalistas e empresários, Teni nos mostra como esse fenômeno musical – antes local e agora global – vem mostrando para o resto do mundo uma parte da África que não costuma ganhar tantos holofotes. Através do afrobeats o mundo começa a conhecer uma outra África. E a conectar os africanos com as pessoas da diáspora preta, transmitindo, através da sua música personalidade, orgulho, auto estima, beleza e autenticidade.
Em virtude da diáspora nigeriana fora do continente, demos um pulinho em Londres, a segunda capital do afrobeats no mundo, para conhecer melhor a cena britânica. Foi lá que conversamos com Seun Kuti, um dos lendários filhos de Fela e com artistas, como Mista Silva, que vem misturando diversos sons urbanos com a música que vem da África Ocidental.
Direção: Roguan
Roteiro: Juliana Borges
Direção de Fotografia: Urso Morto
Com participações de: Teni (host), Boy Spyce, Candy Bleakz, Cobhams Asuquo, Chuka Obi, Dunnie, Folabi Ogunkoya, Greatman Takit, Joey Akan, Liya, Mista Silva, Favi, Seun Kuti.